Pesquisar este blog

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

A jornada de José Odelino - Parte 1

José vivia em uma fazenda muito distante de qualquer indicio de uma civilização globalizada. Ele passava o dia ajudando os adultos, tirando leite das vacas, limpando os currais, alimentando as galinhas e, acima de tudo, regando as plantas.
"José, ocê dexô a porteira aberta de novo!" exclamou uma das mulheres adultas cheia de rugas na cara. "As galinha tão fugindo!"
José saiu correndo a tropeços, seu corpo esguio o ajudou a ganhar velocidade, conseguindo trancar a porteira e, além disso, conseguindo resgatar as galinhas que já estavam longe.
Outro dia, José foi ajudar um adulto de bigode a consertar o telhado da cozinha, que havia sido danificado por uma forte tempestade em uma noite daquelas que não se dorme. Tudo ia bem, até que por um momento José se distraiu e acabou atrasando o conserto em pelo menos mais duas horas.   
E assim seguiu a vida de José. Em suma pacata, porém, com alguns contratempos episódicos que reanimavam as coisas naquela terra há muito esquecida por deus.
Às vezes José conseguia ler algumas palavras nos jornais dos adultos. "Es-es... está acabado" leu mexendo excessivamente os lábios. As imagens era o que mais o fascinava. Às vezes José olhava para os jornais e tinha vontade de saber de onde eles vinham, mas, logo José era chamado para mais uma trabalho. Dessa vez ele teria que lavar o pátio central.
José Odelino, um típico filho de fazendeiro fadado a herdar os deveres da roça. A cela seria passada de pai para filho novamente. Será mesmo? Será que o jovem Odelino já tinha todo um destino reservado? Pra ser sincero... Eu acho que não.

Nenhum comentário:

Postar um comentário