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sábado, 11 de abril de 2020

Despedida - Poemas ao vento

Por todos os dias que aqui passei
Por todos os anos que já nem sei
Despeço-me e rogo aos céus que
Aqui nunca retornarei

Pelos corredores inflamados ao meio-dia
Pelos relógios atrasados enquanto saia
Era quando sentadas à mesa
Teu olhar instigante sorria

Mas é fúnebre deste modo deixar-te
Ao fim da manhã quando o sinal bate
Melancólico lembrarei destes dias
Dos quais tu fizeste parte



Ricardo Soares

domingo, 2 de junho de 2019

RESENHA
O filme começa narrando a ação judicial movida pela viúva Celest Wood, contra a empresa de armamento Fix Boarns Fire Arms, na ação estão envolvidos milhões de dólares. No enredo, é feita uma crítica direta a corrupção e manipulação dos jurados de um tribunal, podendo influenciar de forma objetiva a sentença da ação.
A viúva toma então a decisão de processar a fábrica de armas devido ao assassinato de seu marido.
Em outro caso, um gerente de corretora que demitiu um funcionário, foi assassinado de maneira brutal, pois o assassino, como que tomado por um ataque de fúria, logo entrou atirando no local de trabalho matando diversas pessoas.
Porém, apesar de o filme ter iniciado por este acontecimento, o ponto central é visto na manipulação praticada pelo casal de jurados Nicholas Easter e Marlee. Eles, em especial o Sr. Easter, mantinham notada influência sobre o corpo de jurados, devido à capacidade de argumentação no qual estavam embasados e a algumas chantagens.
Depois do resultado da sentença benéfica da viúva, se pode perceber que o casal que praticava as manipulações não objetivava apenas em dar causa ganha a Sra. Wood, mas existiam outras questões.
De caráter pessoal, pois o que eles planejavam era uma vingança contra a fábrica, devido ao que aconteceu há alguns anos, onde Marlee havia perdido sua irmã de forma trágica e parecida ao caso atual, e a mesma empresa havia sido absolvida.
Sendo a sentença favorável, de forma que não aconteceu de forma legal, houve manipulação do júri a fim de beneficiar a Fix Boarns Fire Arms.
Fora a corrupção que pode ser notada dentro de um tribunal, o Júri desenvolve uma reflexão concernente ao comércio legal e desenfreado de armas nos Estados Unidos da América, onde qualquer cidadão tem Direito de adquirir armamento de grosso calibre, não existindo investigações alguma, onde possa ser alegado que será só de uso para defesa própria.
Entretanto, será apenas as fabricantes bélicas as vilãs no processo de desvalorização da vida humana? A omissão do Estado, não fiscalizando a forma como são usadas, e ainda não desenvolvendo ferramentas que possam de alguma forma suavizar essa matança imparável.
Existem muitos interesses por trás de uma arma de fogo, de cunho político, econômico e social. Onde, numa luta de interesses entre empresários e políticos, não tendo o povo por alvo de atenção das políticas públicas, onde a justiça só funciona para os mais abastados financeiramente.

sábado, 1 de junho de 2019

5 centimeters per second (texto retirado do youtube)

Para quem assiste a primeira vez, não consegue captar todos os detalhes que se é transmitido. Por exemplo, naquele final, onde os trens se cruzam, um em cada direção, é basicamente a essência dos dois a todo momento, eles nunca estiveram próximos, cada dia e cada noite eles se distanciavam mais, psicologicamente e emocionalmente. No inicio, quando criança, a primeira vez que ela vai embora, é mostrado o trem passando meio aos dois, e isso se repete, ele usa o trem para chegar até ela novamente ( onde é mostrado aquele inicio sufocante que parecia não ter fim). O trem os afasta novamente, pois ele vai para outra cidade mais longe ainda, e assim se segue o filme. No filme, nos últimos instantes é possível ver os dois se reencontrando, mesmo sem se falar, e, ao passar um pelo outro, os trens os separam novamente, só que desta vez é mostrado um trem indo para cada direção, e se afastando do outro continuamente. A simbologia foi magnifica, porém o mais triste é que, nesse filme é mostrado a estória de um amor pelos dois lados, o que aconteceu com ambos os lados durante os longos 10 anos. Podemos ver que, o rapaz manteve seu amor pela Akari, porém a mesma, com o decorrer do tempo entendeu uma coisa simples da vida: Nem sempre quem amamos estará conosco para sempre, e com base nisto ela seguiu sua vida. O takaki não pensou dessa forma, a distância o tornou amargo, frio, sem motivos para viver, seu amor foi transformado em uma enorme angustia, uma amargura e solidão sem fim. O capítulo dois do filme se chama ''Cosmonauta", tanto que a representação do filme é o protagonista dando as costas para a Kanae, ao mesmo tem em que um foguete parte rumo ao espaço. A interpretação disso é que era assim que ela via sua relação com o Takaki, pois este sempre esteve se distanciando mais e mais dela, ele nunca esteve realmente ao lado dela, pois sempre ele buscava algo, alguém, em algum lugar, e desse modo, cada vez mais subia rumo a esta busca, como um foguete rumo ao espaço. É possível entender com o passar do filme as mudanças de cores e cenários, tudo com o tempo, vai ficando cinza e perdendo aquela essência brilhante e cheia de vida, como no caso, as flores de cerejeira e os flocos de neve. Após todo o tempo, ele se tornou um Programador solitário, amargo, sem amor por ninguém e sequer amando a própria existência. É visto que ele se envolveu com outra garota, mas não quis manter aquilo forçadamente e colocou um fim a tudo, seguindo sua vida solitária e fria. A música tocada no fim, One more time, One more chance, foi produzida por Masayoshi Yamazaki, que aparentemente a escreveu para sua amada namorada, cujo morreu em um terremoto, na década de 90... Voltando ao final, é possível perceber que, ao voltar-se para trás e ver o trem sumindo, a Akari também havia sumido, ela seguiu sua vida, e a partir deste momento o Takaki entendeu o principio básico que rege relações humanas, e assim, seguiu sua vida, onde aceitou tudo com um sorriso triste, e virou-se então, continuando a andar... Este não é um filme de romance onde adolescentes possam esperar um final feliz, mas um filme baseado na realidade humana e as fraquezas existentes. É isso que significa viver, amar, sonhar, ter esperanças, tudo isso causa dor e sofrimento, viver é difícil, amar é difícil, sonhar é difícil, e o mais difícil de tudo é tentar realizar quaisquer coisas destas, pois somos seres fracos e limitados, não estamos preparados, apesar de algo obvio, não estamos preparados para lidar com coisas que machucam nosso ''mundo próprio''... Pessoas cujo sonham e amam muito podem acabar se machucando com esta obra...

sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

Apropriação de uma Vaca

(Esse texto foi extraído dos comentários de um artigo de autoria de Hans-Herman Hoppe)

Se existem 100 vacas em SP e eu me aproprio de uma, a minha riqueza aumentou sob um ponto de vista ex ante, mas a possibilidade de riqueza dos demais diminuiu. Antes dispunham de 100 vacas livres, agora só de 99.
Essa na minha opinião é um ponto cego deste texto, muito embora seja brilhante.

Todos tinham a possibilidade de ter se apropriado desta vaca, mas nenhum o fez - até você o fazer , o que indica que todos os outros não haviam reconhecido valor nestas vacas. 
Se eles não reconheceram valor nas vacas, como poderiam eles em algum sentido terem ficado mais pobres? - A resposta é não. Eles não ficaram mais pobres - nem mesmo potencialmente mais pobres- pois se você não tivesse apropriado uma vaca, eles ainda assim não teriam se apropriado das vacas. Ato contínuo, se você não tivesse se apropriado de uma vaca, não apenas eles ainda estariam 'na mesma' como você é que estaria menos rico do que poderia.
A prova cabal de que a apropriação original é justa é que ela por definição não envolve conflitos. Isto é, quem quer que originalmente se aproprie de algo o faz sem entrar em conflito com outrem, se há um conflito então não se trata de apropriação original e sim de outra coisa - é roubo, so to speak. Dizer o contrário é como falar da quadratura do círculo.



 

quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Laranja Mecânica, loucura juvenil e os direitos




Durante muito tempo prolonguei a chegada deste dia, o dia em que eu assistiria ao Laranja Mecânica, 1971, um filme de Stanley Kubrick baseado na obra homônima de Anthony Burgess. Certamente prolonguei dispendiosamente a chegada desse dia, não posso negar, mas que fique claro que não o fiz de maneira consciente devido a algum motivo especial, tentando evitar algo ou esperando por algo ou seja lá o que for, mas sim por condições adversas situacionais, as quais não cabem aqui neste texto enumerá-las.
Agora, tendo finalmente assistido ao filme (bom lembrar, com o incentivo de muitos queridos ao meu redor, especialmente de uma estimável professora), vejo que seja um momento oportuno para brevemente analisa-lo e relacioná-lo com questões importantes da contemporaneidade brasileira que instigam o debate, a reflexão e trazem a tona temas universais já tratados outrora por autores clássicos.
Bem, a princípio já sabia que Laranja Mecânica não era um filme comum, tendo em vista o seu diretor e o prestígio notável do longa metragem, que mesmo já passados 40 anos continua no imaginário cinematográfico, influenciando novas obras e inspirando jovens artistas. Traçando um paralelo com outros filmes de Kubrick é possível perceber algumas semelhanças, tais como os significados implícitos no filme, a violência recorrente e as diversas camadas de roteiro que tornam o trabalho especialmente mais rico e passível de diversas interpretações possíveis. Também é fácil notar diferenças, por exemplo, a sexualidade é um assunto muito mais tratado nesse filme do que em 2001 uma odisseia no espaço ou em O iluminado. Mas de qualquer maneira, Kubrick deixa a sua marca registrada, o seu estilo único, que é inconfundivelmente singular, permeando todo o filme.
Logo no início somos apresentados a um cenário de violência extrema, onde um grupo de jovens como uma gangue de delinquentes juvenis perpetra uma série de atos criminosos, atos de que mais parecem explosões de loucura, tais quais agressões a um mendigo, brigas contra outras gangues, invasões e estupros. Tudo feito gratuitamente. Como diversão.  Esse grupo pratica esses atos frequentemente durante as noites, demonstrando assim uma ausência de mantimento da segurança em meio à sociedade, sendo as autoridades incapazes de manter a ordem social. Aqui podemos intercruzar a teoria de estado de natureza de Hobbes, onde havendo a ordem natural, o Homem estaria em estado de guerra constante para com os seus semelhantes, demonstrando a natureza animalesca e violenta do Homem. A falta de segurança devido à ausência da promoção eficiente de serviços adequados por parte das autoridades pode ser interpretada como uma “falta de lei”, remetendo dessa forma a ordem natural, onde na vaco deixado pela não existência do Leviatã prevalece à lei do mais forte. E assim todos estão carentes de proteção e vulneráveis a todo tipo de ato de violência.
Também é possível, contrastando essa interpretação anterior, relacionar essa parte do filme com a análise de Montesquieu, de certa forma nesse tema oposta a ideia de Hobbes, em que no tratado O espírito das leis Montesquieu considera que no estado de natureza o Homem não estaria num estado de guerra constante, mas sim num estado de paz constante, tendo em vista que o medo e a covardia seriam sentimentos mais simples, pois estariam mais diretamente relacionados às necessidades mais básicas do ser humano, que é a autopreservação, em contrapartida a raiva e a violência seriam sentimentos mais compostos, considerando que viriam depois dos anteriores. Para Montesquieu a violência, e por assim dizer, a guerra, só seria possível já com a criação da sociedade. Dessa maneira, sob essa análise, o próprio ambiente em sociedade apresentado no filme é que seria a causa de toda essa violência desmedida. Vale salientar que a sociedade apresentada no filme é cheia de vícios e degeneração.
A falta de sentido, a falta de objetivo, o niilismo, é evidente na vida do protagonista e líder da gangue. Mas não só na dele, como também em todos os outros integrantes da gangue e isso se estende a todos os demais cidadãos apresentados. A violência, a opressão, os jogos de poder, parecem ser uma tentativa de preencher esse vazio existencial.
O filme segue e o protagonista, Alexander Delarge, após ser traído por seus comparsas, acaba sendo capturado pela polícia. Ele é condenado a cumprir regime fechado por 14 anos por crime de homicídio. Após 2 anos de preso surge uma oportunidade de encurtar a sua estadia no xadrez, um método novo pretende curar criminosos em poucos dias e por conseguinte libertá-los transformados, resolvendo o problema da superlotação dos presídios. Alexander ouve sobre o programa e faz de tudo para participar. E consegue. Entretanto Alexander não sabia que o programa de “cura” posteriormente iria lhe causar tanto sofrimento.
O programa consistia em realizar diversas sessões cinematográficas com cenas horripilantes de atos terríveis, prendendo o detendo em uma camisa de força e até mesmo impedindo o mesmo, com arames especiais, de fechar os olhos, forçando-o a assistir em todos os mínimos detalhes a todas as cenas. Alexander passa por todas as sessões e então finalmente é libertado. Agora, toda vez que ele se vê envolvido em uma situação violenta ou escuta a nona sinfonia de Beethoven (Beethoven fazia parte da trilha sonora em algumas sessões) começa a passar mal e a sentir-se fortemente desconfortável.
A partir daí um personagem, o padre da prisão, diz-se contrário ao programa porque ele seria um programa desumano, pois o paciente “curado” não teria mais escolha em agir corretamente ou não. Assim ele perderia a sua autonomia e humanidade, tonando-se semelhante a uma máquina. Um ser mecânico.
Essa é uma discussão ética, onde é possível analisar a validade de uma determinação governamental capaz de invalidar as faculdades de escolha de um indivíduo. Os direitos individuais e a natureza da validade de um governo. Em John Locke vemos que um poder governamental estabelecido só é legítimo conforme os seus atos estão de acordo com o interesse do povo, ou seja, quando o governo, ou o Estado, torna-se desvinculado aos interesses do povo ele se torna ilegítimo. O que permitira aos indivíduos em organização autentica destituir esse governo e estabelecer um novo governo legítimo. Um governo autoritário coercitivo nunca é legítimo e deve ser destituído.
Vemos também sob a interpretação de Rousseau que o poder emana do povo e que um governo legítimo necessariamente passa pela vontade do povo. Ou seja, um governo despótico, autoritário, tecnocrático ou ditatorial, que corrompe a direção da nação, é contra a autodeterminação e fraternidade entre os Homens.
Enfim, Laranja mecânica é um filme muito rico e discutir várias questões importantes o tomando como linha de partida é muito fácil. Essa é uma das razões as quais Laranja Mecânica é um clássico da sétima arte. Certamente um dos filmes mais icônicos de Stanley Kubrick.

quinta-feira, 7 de junho de 2018

Por que existe algo invés de nada?

Se o nada fosse algo, ele seria algo e não nada.
Bem, talvez você não tenha entendido. Por que qualquer coisa existe ou invés de nenhuma coisa existir?
Essa é a resposta ora. Se nenhuma coisa existir, então não é nenhuma coisa, é algo
se existe, é algo, como poderia nenhuma coisa existir?
"Como poderia nenhuma coisa existir?" Simplesmente não existindo. Se nada existisse não haveria o que falar sobre isso, não haveria o que questionar. Nada é nada.
Você não entendeu nada do que disse. Você acabou de concordar com o que eu disse.
De que forma?
Você primeiramente falou "Por que existe algo ao invès de nada"

Eu respondi por meio do Reductio Ad Absurdo, Ou seja, se não houvesse algo e só o nada, se o nada for algo, ele não é nada, é algo. A pergunta que fiz foi pra demonstrar o absurdo de dize
r "nada existe", ora, se o nada existe, então ele é algo, pois só algo pode existir. Isso quer dizer que nada é nada, ex nihilum nihil fit, ou seja, você concordou comigo. 

Ao dizer que nenhuma coisa existir é simplesmente não existe, também não muda nada, pois não existir é uma negação de algo que existe, e uma negação é sempre negação de alguma coisa, então até mesmo pro nada, é necessario de algo.

isso tudo ta nas primeiras 50 paginas de filosofia concreta dfnadsnf
"Eu respondi por meio do Reductio Ad Absurdo, Ou seja, se não houvesse algo e só o nada, se o nada for algo, ele não é nada, é algo. A pergunta que fiz foi pra demonstrar o absurdo de dizer "nada existe", ora, se o nada existe, então ele é algo, pois só algo pode existir. Isso quer dizer que nada é nada, ex nihilum nihil fit, ou seja, você concordou comigo." Com nada 'existir' não quis dizer que uma coisa abstrata ou um espaço vazio existisse, mas sim nenhuma coisa.
"Ao dizer que nenhuma coisa existir é simplesmente não existe, também não muda nada, pois não existir é uma negação de algo que existe, e uma negação é sempre negação de alguma coisa, então até mesmo pro nada, é necessario de algo." Como assim cara? Você sabe que eu estou falando de uma situação hipotética onde nada existe não é? Não é uma negação de alguma coisa que poderia existir (isso, sim, seria alguma coisa), mas eu me refiro a nada.
KKKKKKK mano eu não me referi a algo abstrato momento algum nem um espaço vazio rjejdj.

O que é o nada? O não-ser, a negação absoluta do ser. Enquanto o não ser é negação, o ser seria a afirmação. Afirmação é simplesmente dizer que algo é, agora toda negação é dizer que algo não é. Em suma, o ser precede o nada, pois é condição até mesmo para o nada. Você poderia dizer "ah mas as coisas poderiam simplesmente não existir" sim, poderia, mas elas existem e per si é noto.

Seria mais fácil responder essa pergunta tentando responder, por que algo há? Ora, é óbvio que algo há, mesmo se dúvidassemos de tudo (como fez Descartes), o próprio ato de duvidar seria prova de que algo há, é condição absoluta para qualquer coisa que algo há, pois em "alguma coisa há" é um sujeito que se reflete no verbo, afinal, fora de "alguma coisa" nada pode "haver", o haver é o haver de alguma coisa.

Cara, tudo o que você disse me parece remeter a nossa condição atual, real. Onde algo existe e nos questionamos sobre uma possibilidade de nada existir. É claro que existe Algo, e, a partir dessa constatação auto-evidente, o Nada torna-se impossível. Mas a minha questão, ou as pre-condições necessárias para eu elaborá-la, não é propriamente o cerne do meu questionamento. É certo que Algo sempre existiu e sempre existirá e,portanto, o Nada nunca "existiu" e nunca existirá. Afinal, ex nihilum nihil fit, como você mencionou. Mas por que Algo sempre existiu? Não vejo nada que impeça que sempre fosse o Nada. Essa é a minha questão."Você poderia dizer "ah mas as coisas poderiam simplesmente não existir" sim, poderia, mas elas existem e per si é noto." Aqui você concorda comigo que Algo existe, mas que poderia ser o Nada.