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quinta-feira, 30 de junho de 2016

Ela (her)

Na janela, no telhado, na sisterna
às vezes dormindo
frequentemente vejo-a no sofá
com suas garras prontas para atacar
às vezes se divertindo
no muro, no chão, piruetando
na mente, no coração, jogando
ela sempre está lá
ou lá ou por aí
delicada selvagem astuta
gata dos olhos hipnotizantes
ela em seu desfile
ela em sua cena
eu minha sina
ela ela ela ela

sexta-feira, 24 de junho de 2016

O Príncipe - Resenha

Em O príncipe, obra magnânima de Nicolau Maquiavel, observamos a real conduta tomada pelo excelente líder. Excelente líder no sentido de obter poder, trabalha-lo e mantê-lo. É realmente uma obra fantástica. E devo admitir que em muitas ideias, várias já preconcebidas, eu me identifiquei com o autor. 
A base de todo o discurso maquiavélico que transcorre pelas páginas do livro, sobre o mantenimento do poder, é pautada sobre dois aspectos humanos, a virtude e a fortuna do príncipe. Sendo as duas desejáveis, não se engane, mas a primeira mais, pois a fortuna vem e vai sem aviso prévio a qualquer um, mesmo a aqueles que nasceram gozando de grande fortuna estão fadados a incerteza de perdê-la a qualquer momento. Já a virtude é diferente, ela permanece sempre a disposição de quem às cultivou e assim às tem.
Através da virtude, o príncipe que almeja obter sucesso deve seguir alguns preceitos básicos, tais como: assegurar a popularidade entre o povo e o exército, munir-se de armas próprias, com prudência obter conselhos, não o contrário, se possível, ser amado e temido, se não, é aconselhável preferir ser temido, pois os homens amam de acordo com sua vontade e temem de acordo com a vontade do príncipe. Lembre-se, o príncipe jamais terá todas as virtudes, mas ele deve aparentar tê-las todas.
Através da fortuna, outras atitudes devem ser tomadas, tais como: a medida em que as circunstâncias forem mudando, e defender uma causa seja prejudicial ao principado, o príncipe deve sem receio, porém cheio de cautela, adaptar-se ao novo cenário. Essa adaptação é imprescindível caso o príncipe assim deseje manter-se no poder por longo tempo.  Às vezes a quebra da palavra é necessária, e jamais faltaram a um príncipe razões legítimas para justifica-la.
Dito isto, em suma, é importante, depois de ler O príncipe, em meio a todos os seus conselhos valorosos, levar consigo ao menos um dos ensinamentos chave de Maquiavel. E se fosse me perguntado qual desses ensinamentos devo seguir, eu diria: Ser Raposa e ser Leão em suas medidas necessárias.

De resto, agradeço a Maquiavel por ter feito o que fez.