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sexta-feira, 24 de junho de 2016

O Príncipe - Resenha

Em O príncipe, obra magnânima de Nicolau Maquiavel, observamos a real conduta tomada pelo excelente líder. Excelente líder no sentido de obter poder, trabalha-lo e mantê-lo. É realmente uma obra fantástica. E devo admitir que em muitas ideias, várias já preconcebidas, eu me identifiquei com o autor. 
A base de todo o discurso maquiavélico que transcorre pelas páginas do livro, sobre o mantenimento do poder, é pautada sobre dois aspectos humanos, a virtude e a fortuna do príncipe. Sendo as duas desejáveis, não se engane, mas a primeira mais, pois a fortuna vem e vai sem aviso prévio a qualquer um, mesmo a aqueles que nasceram gozando de grande fortuna estão fadados a incerteza de perdê-la a qualquer momento. Já a virtude é diferente, ela permanece sempre a disposição de quem às cultivou e assim às tem.
Através da virtude, o príncipe que almeja obter sucesso deve seguir alguns preceitos básicos, tais como: assegurar a popularidade entre o povo e o exército, munir-se de armas próprias, com prudência obter conselhos, não o contrário, se possível, ser amado e temido, se não, é aconselhável preferir ser temido, pois os homens amam de acordo com sua vontade e temem de acordo com a vontade do príncipe. Lembre-se, o príncipe jamais terá todas as virtudes, mas ele deve aparentar tê-las todas.
Através da fortuna, outras atitudes devem ser tomadas, tais como: a medida em que as circunstâncias forem mudando, e defender uma causa seja prejudicial ao principado, o príncipe deve sem receio, porém cheio de cautela, adaptar-se ao novo cenário. Essa adaptação é imprescindível caso o príncipe assim deseje manter-se no poder por longo tempo.  Às vezes a quebra da palavra é necessária, e jamais faltaram a um príncipe razões legítimas para justifica-la.
Dito isto, em suma, é importante, depois de ler O príncipe, em meio a todos os seus conselhos valorosos, levar consigo ao menos um dos ensinamentos chave de Maquiavel. E se fosse me perguntado qual desses ensinamentos devo seguir, eu diria: Ser Raposa e ser Leão em suas medidas necessárias.

De resto, agradeço a Maquiavel por ter feito o que fez.

 

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