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domingo, 17 de julho de 2016

Aiko, menina doce

Ela se matou
quando vi suas costas nuas
a pele fria reluzia ao amanhecer
quando vi seus cabelos soltos
seu pescoço estava roxo
suspensa sobre o chão arenoso
ela havia partido para sempre
Aiko, o que você fez
pelo amor de Deus
o que você fez
devíamos ter ido para aquela cidade
talvez estivéssemos bem agora
eu contador de estrelas e você atriz
naquela manhã maldita vi seus pés
vi seus dedos semi dobrados
vi-a pendurada por uma corda
meu Deus do céu, Aiko
você não devia ter feito isso
ainda havia esperança
lembro-me da nossa infância
você era tão inteligente, tão tola
tão sorridente, tão cativante
eu te amei muito
menina doce 
 

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