Pesquisar este blog

domingo, 14 de fevereiro de 2016

Um conto de natal 2015 Parte 1 e 2

 Há muito tempo, em um lugar bem distante, vivia um jovem rapaz chamado Johny.
Johny era um garoto bonzinho, porém, não tivera muita sorte na vida.
Aos dez anos de idade seus pais morreram e, desde então, Johny vivia sozinho.
E o pior de tudo. Johny tinha vizinhos funkeiros do pior tipo, os que escutam funk.
Mas mesmo assim, Johny pretendia passar um natal feliz.
Ele já tinha comprado os enfeites, o panettone, o refrigerante e o perú.
A TV estava na tomada e tudo o que faltava era a hora chegar e a programação de natal começar.
Johny já estava ansioso para ver "Esqueceram de mim" novamente.
Tudo estava indo bem, até inesperadamente o telefone tocar.
Era o patrão de Johny. 
      

(originalmente publicado em um grupo de whatsapp) 


"Johny venha ao trabalho! Você ficará com o turno da noite e da madrugada."disse o patrão com voz grosseira e ditatorial.
John trabalhava em um Mcdonald's 24horas e isso significava que ele teria que ir até o trabalho e permanecer lá até a manhã do dia seguinte.
Ou seja, lá se fora o natal em frente a TV que Johny tanto tinha planejado. 
Johny pegou a sua bicicleta e seguiu cabisbaixo até o pequeno estabelecimento que ficava em uma rua pouco movimentada.
Quando Johny chegou já era noite e fazia frio. O tempo estava nublado e as estrelas mal apareciam. 
Johny pensou "Meu patrão é um otário. Ninguém virá a um Mcdonald's 24horas em plena véspera de natal."
Passaram algumas horas e ninguém viera. 
Mais um tempo e ninguém.
Ninguém. Nem um sequer.
Porém, de repente alguém disse "Uma casquinha mista por favor."
Johny virou-se, surpreso, e atendeu o jovem.
"Aqui está" disse Johny entregando o sorvete. "O que o trás a um lugar assim em plena véspera de natal? Você não deveria estar com a sua família, seus amigos ou sei lá?"
"Eu estava em uma festa." explicou o rapaz. "Mas eram todos uns imbecis. Então saí de lá para dar uma respirada."
"Hum. Entendo" disse John.
"Sabe, eu não tenho família." falou o rapaz comprador de sorvete. 
"Que coincidência. Eu também não tenho."
E então os dois continuaram conversando pelo resto da noite.
Descobriram que tinham muito em comum e que o nome do rapaz comprador de sorvete era Tony.
No final, Johny já não queria ir para casa. Aquele era o lugar onde ele devia estar. 
E, até hoje, Johny lembra daquele natal como um dos melhores.
Pois agora ele não estava mais sozinho. 
Ele tinha um amigo. 

Fim

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário